quinta-feira, 24 de abril de 2014

FIQUE POR DENTRO: Assédio Moral é maior entre bancários segundo site de notícias iG

      
Foto: Reprodução do site iG

Já falamos sobre o tema aqui no blog, mas não custa nada repetir. Afinal, assédio moral é um problema constante e, infelizmente, atinge bastante os bancários, ao menos é o que diz uma notícia publicada nesta quinta-feira, 24, no site do iG, que traz um levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) mostrando um aumento de 7,4%, de 2012 para 2013, nos casos de humilhação no trabalho.

A AFBEPA falou com um funcionário do Banpará que já passou por esse tipo de crime - Sim! assédio moral é considerado crime -. Por medo de represálias, o bancário não quis se identificar. Ele relatou como se sentiu ao ser vítima de assédio moral! 

"A sensação é de impotência. O assédio moral, quando praticado, debilita o bancário. Quando esse assédio é feito pelo Banco, compromete a capacidade de produção do seu funcionário. Aí então você passa a questionar o seu papel, a sua função ali, já que estão te impossibilitando de crescer dentro da empresa". 

O bancário também relatou como é ser vítima de assédio moral praticado por um outro bancário. "Para um colega bancário humilhar o outro mostra a existência de alienação financeira, uma vez que, dificilmente um gestor deixará de apoiar a instituição que banca o seu salário. É uma moeda de troca, um golpe baixo provocado pelos bancos. Qual funcionário não vai se aliar ao patrão, mesmo que ele esteja errado, ou vai se opor a empresa se está lucrando?", questiona o bancário. 


"(...) em 2011, 29% dos trabalhadores do setor pediram o fim do assédio moral. Em 2012, o número aumentou para 31%. Em 2013, para 58% – de um total de 37 mil entrevistados. Ou seja, o índice dobrou de 2011 para 2013. No caso do assédio sexual, o desconforto é menor. Apenas 3,78% dos bancários ouvidos pela pesquisa (1,4 mil trabalhadores) reivindicam o combate ao assédio sexual", afirma o trecho na notícia quando cita o aumento do assédio moral entre bancários.

A notícia também diz: "Paralelamente à cobrança por metas, o setor bancário extinguiu 10 mil postos de trabalho em 2013, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)".


O SITE DIZ AINDA: 

Profissionais vítimas de assédio moral podem desenvolver doenças físicas e psiquiátricas

Apesar do enxugamento no quadro de funcionários, o lucro líquido dos bancos cresceu R$ 1 bilhão em relação a 2012, atingindo R$ 60,6 bilhões, informa o Banco Central (BC).

No entanto, em 2013, a relação entre rentabilidade e patrimônio (sigla ROE, no jargão financeiro) dos bancos fechou com 11,97%, queda de 5,06 pontos percentuais em relação a 2012, segundo a consultoria Economatica. Este indicador avalia a rentabilidade das empresas. 

Para Ricardo Carneiro, procurador do Trabalho e gerente nacional do projeto "Assédio é Imoral", o profissional que sofre assédio moral geralmente teme perder o emprego ao realizar uma denúncia.

Por este motivo, o MPT realizou uma campanha nacional em 2013 com foco no assédio moral dos bancários. O objetivo era que os trabalhadores se sensibilizassem e denunciassem casos de abuso a algum órgão, como o próprio MPT.

"As pessoas estão conhecendo mais o que é assédio moral e, consequentemente, defendendo com mais força os seus direitos", destaca Carneiro.

Saúde - Casos de assédio moral não agridem apenas a integridade do funcionário, mas também podem causar danos à saúde física e mental do profissional, alerta Maria Maeno, médica da Fundacentro, do Ministério do Trabalho.
Desejo dos bancários


O que fazer ao setor vítima de assédio moral, em ordem 

1- Converse com o gestor com uma testemunha ao lado

2- Faça uma queixa no canal de denúncias do banco

3- Entre em contato com o sindicato da categoria

4- Denuncie o caso ao Ministério do Trabalho ou ao Ministério Público do Trabalho

5- Entre com ação judicial contra o banco

Fonte: Ministério Público do Trabalho


Clique AQUI e leia a notícia na íntegra.

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