quinta-feira, 29 de junho de 2017

ADERIR À GREVE GERAL É LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS


A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) favorável à Reforma Trabalhista. Foram 16 votos a favor, 9 votos contra e uma abstenção; agora a reforma será votada no Plenário.

O Governo continua correndo para aprovar essa Reforma e conta com o apoio do empresariado que será o maior beneficiado com essa aprovação. Já foi observado que seus principais apoiadores são representantes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Não podemos ficar parados enquanto o Governo e os patrões se unem com o intuito de acabar com nossos Direitos. É chegada a hora de mais uma vez irmos às ruas, lutar contra as Reformas do governo Temer. Precisamos mostrar que não aceitamos esses ataques covardes por parte do Governo, do Congresso Nacional e dos grandes empresários.

Querem jogar a conta da crise econômica nas costas da classe trabalhadora e dos mais pobres, mas nós não vamos aceitar. Por isso, é muito importante que nossa categoria se una para lutar contra essas Reformas que atacam e suprimem os nossos direitos e acabam com a nossa chance de chegar à aposentadoria.

A AFBEPA APOIA A GREVE GERAL!

A AFBEPA apoia a Greve geral e está junto da Categoria Bancária lutando para que nossos direitos previstos na CLT sejam mantidos.

A necessidade de dizer não a essas Reformas é evidente, pois a maioria dos pontos propostos irá prejudicar a Classe Trabalhadora como um todo, como poderemos ver a seguir.

ACORDOS COLETIVOS: Terão força de lei e poderão regulamentar parcelamento de férias; jornada de trabalho; redução de salário; banco de horas, entre outros pontos, mesmo que essa negociação vá contra o que rege a CLT.

Atualmente, acordos coletivos não podem se sobrepor ao que é previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

TRABALHO INTERMITENTE: Serão permitidos contratos em que o trabalho não é contínuo. O empregador deverá convocar o empregado com pelo menos três dias de antecedência. A remuneração será definida por hora trabalhada e o valor não poderá ser inferior ao valor da hora aplicada no salário mínimo;

A CLT atualmente não prevê esse tipo de contrato.

GRÁVIDAS E LACTANTES: Poderão trabalhar em locais insalubres de graus "mínimo" e "médio", desde que apresentem atestado médico. Em caso de grau máximo de insalubridade, o trabalho não será permitido;

Atualmente, grávidas e lactantes não podem trabalhar em locais insalubres, independentemente do grau de insalubridade.

PARCELAMENTO DE FÉRIAS: Poderão ser parceladas em até três vezes. Nenhum dos períodos pode ser inferior a cinco dias corridos e um deles deve ser maior que 14 dias (as férias não poderão começar dois dias antes de feriados ou no fim de semana);

Atualmente, as férias podem ser parceladas em até duas vezes. Um dos períodos não pode ser inferior a dez dias corridos.

Essas são só algumas das propostas danosas à Classe Trabalhadora que essa reforma vai implementar.

Não podemos permitir que Direitos conquistados por meio de muita Luta sejam esmagados por essas reformas, que deixarão os trabalhadores a mercê dos patrões, o que só vai fragilizar ainda mais as condições de trabalho.

Abono da falta no dia da Greve Geral

Entramos em contato com o Sindicato, que informou que irá pedir na Justiça que os Bancos não possam descontar a ausência por adesão à greve, além de não adotar procedimentos que considerem como falta injustificada as ausências do dia 30, assim como foi feito na Greve Geral de 28 de abril.

O número do processo que pediu o abono da falta do dia 28 de abril é 0000559-69.2017.5.08.0015, e pode ser consultado no site: https://pje.trt8.jus.br/consultaprocessual/pages/consultas/DetalhaProcesso.seam?p_num_pje=302884&p_grau_pje=1&popup=0&dt_autuacao=&cid=364661

Vamos parar o país no dia 30 de junho. Estaremos nas ruas lutando para garantir nossos Direitos. Mostraremos que não fugimos à luta e que juntos podemos construir uma realidade melhor e mais justa para a Classe trabalhadora.

UNIDOS SOMOS FORTES!

A DIREÇÃO DA AFBEPA

Texto: Gleici Correa


Assessoria de Imprensa

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