quarta-feira, 15 de março de 2017

TRABALHADORES VÃO ÀS RUAS CONTRA AS REFORMAS PREVIDENCIÁRIA E TRABALHISTA

Ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista em Belém

Hoje foi um dia de mobilização em todo o país, trabalhadores foram às ruas protestar contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, que ameaçam retirar nossos direitos. Em Belém o ato aconteceu na manhã de hoje, na Praça da república.

A reforma da Previdência (PEC 287/2016) que já tramita a todo vapor na Câmara Federal prevê o estabelecimento de uma idade mínima geral (65 anos) para aposentadoria, combinada a um tempo de contribuição (25 anos), prejudicando todos os trabalhadores, mas principalmente as mulheres e as categorias que ainda têm regras diferenciadas de tempo e idade, como os professores.

Apesar de a grande mídia exaltar os benefícios que essas reformas trarão para o Brasil, não podemos nos deixar enganar, pois a maior parte da população não ganhará nada com elas, muito pelo contrário.
Ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista em Belém

É absurdo pensar que teremos que trabalhar até os 65 anos, quando a expectativa de vida do brasileiro é de 75,5 anos, sem falar que essa expectativa muda de região para região, a maioria dos trabalhadores será obrigada a trabalhar ainda mais e nem assim terão certeza se conseguirão se aposentar.

Abaixo veja os principais pontos da Reforma da Previdência.

Aumento da idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres

A PEC propõe igualar a idade mínima para homens e mulheres, que passariam a se aposentar aos 65 anos de idade e teriam que ter pelo menos 25 anos de contribuição para a Previdência. Um verdadeiro ataque aos direitos de todos os trabalhadores, em especial ao das mulheres, que enfrentam múltipla jornada de trabalho ( trabalho formal; cuidar da casa; lavar, passar, cozinhar; cuidar dos filhos e de sua educação, entre outros ofícios). Essa proposta não leva em consideração que a expectativa de vida é diferente dependendo da região brasileira.

Aposentadoria integral somente com 49 anos de contribuição

Para se ter o direito à aposentadoria integral será preciso contribuir por 49 anos. Ou seja, para o trabalhador se aposentar aos 65 anos terá que começar a trabalhar aos 16 anos, idade escolar, e ter emprego com carteira assinada de forma ininterrupta sem uma única demissão. Tudo isso em um país onde o índice de desemprego é altíssimo. A grande maioria vai morrer sem se aposentar. Os que conseguirem não receberão o benefício de forma integral.

Redução no valor das Pensões

Pela proposta do governo a pensão por morte deixa de ser integral, sendo reduzida para 50%, com acréscimo de 10% por cada dependente menor. Mais uma vez são as mulheres que mais sofrem, pois a grande parte dos pensionistas são mulheres, que na maioria das vezes tem apenas essa renda para sobreviver. Para piorar, o reajuste da pensão será desvinculado do reajuste do salário mínimo o que impedirá qualquer aumento real no valor da pensão. Existem ainda outras medidas que atacam os direitos dos trabalhadores, como o fim do regime especial de aposentadoria para professores; criação de fundos de previdência complementar para todos os estados e o aumento da idade de 65 para 70 anos para que os beneficiários pela Lei Orgânica de Assistência Social e do Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) recebam o seu benefício.
Ato contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista em Belém

É PRECISO MOBILIZAR E ORGANIZAR A NOSSA CATEGORIA

As reformas Previdenciária e Trabalhista vêm com o objetivo de precarizar ainda mais a situação do trabalhador brasileiro, e não podemos ficar parados esperando que isso aconteça, só a luta pode mudar essa situação, por isso é necessário que haja uma mobilização, por local de trabalho, de nossa categoria, para que juntos, com todos os trabalhadores, possamos barrar essas reformas que são nocivas e só irão piorar as nossas condições de Vida.

A paralisação de hoje precisava dessa mobilização e de um pouco de organização. Ninguém sabia quantas agências bancárias e que Bancos iriam parar, ou seja, a organização deixou a desejar. Se a categoria entende que é fundamental essa Luta, como é, então se torna imperioso que a maioria da categoria abrace a causa. A decisão não pode ser individual, mas Coletiva!

Por isso a AFBEPA junto com a AEBA, irá organizar indicativamente no dia 06 de abril às 18h, uma Palestra-debate sobre as Reformas Previdenciária e Trabalhista, para que possamos ganhar conhecimento e tirar as nossas dúvidas acerca desses temas que irão interferir diretamente na vida dos trabalhadores. Só assim poderemos, juntos, enfrentar esse cenário. Disponibilizaremos mais informações a respeito do evento nas plataformas de comunicação da AFBEPA.

A classe trabalhadora precisa se unir para que possamos resistir e vencer todos esses ataques do governo, que pretendem acabar com os atuais direitos previstos.


UNIDOS SOMOS FORTES!

A DIREÇÃO DA AFBEPA

Texto: Gleici Correa

Assessoria de Imprensa

Fotos: Raphael Castro

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