segunda-feira, 9 de março de 2015

ATÉ QUANDO O SISTEMA DE PONTO ELETRÔNICO DO BANPARÁ VAI BURLAR O DIREITO DO TRABALHADOR?


Iniciou na última segunda-feira, 2 de março, o período de 30 dias de prorrogação para que o Banpará finalize os ajustes no sistema de Ponto Eletrônico dos funcionários. Esse período foi proposto pelo Sindicato dos Bancários e aprovado em Assembleia, no dia 11 de fevereiro, pela maioria dos presentes (relembre AQUI).

Todos os dias, ainda, chegam à nossa AFBEPA diversas queixas de falhas no sistema, de colegas que não conseguem registrar sua jornada de trabalho corretamente. Não obstante, são as mesmas falhas apresentadas no início da implantação, que ocorreu em novembro de 2014, e até hoje não foram corrigidas.

Dentre as principais reclamações está a de que o sistema do ponto eletrônico trabalha em desacordo com o SPA (Sistema em que os caixas atuam para desempenhar suas atividades). Atualmente, os Caixas registram a sua saída no sistema de ponto eletrônico às 16h, mas no SPA eles continuam trabalhando. Esse desajuste entre os dois sistemas gera prejuízo para o funcionário, pois burla seu direito à percepção de horas extras. Essa é uma falha gravíssima e deve ser corrigida imediatamente pelo Banpará.

“Quando o sistema de ponto eletrônico acusa o horário de saída das atividades, a recomendação que recebemos do Banpará é registrar o ponto no horário e continuar trabalhando normalmente, já que o SPA continua aberto, pois o que os coordenadores dizem é que os funcionários não podem fazer hora extra, a não ser nos períodos de pico de atividades, então registramos o ponto, como se tivéssemos saído do Banco, mas continuamos trabalhando”, denunciou um colega de um PAB do interior.

Há ainda relatos de alguns funcionários que, até hoje, não conseguem registrar o ponto corretamente no horário de entrada, quando já estão à disposição do Banco, pelo REP Virtual (o balãozinho que aparece na tela do computador de cada funcionário), então a saída é registrar por um link que é disponibilizado, também para registro do ponto. No entanto, em vários outros locais de trabalho não é disponibilizado este link e é como se o funcionário não estivesse trabalhando; em outros casos, o REP Virtual é disponibilizado após o horário de entrada, mesmo o funcionário estando no local de trabalho, o que configura, nestes dois últimos casos, débitos de horas do funcionário para o Banpará.

“Aqui na Matriz temos duas formas de registrar o nosso ponto, o balãozinho (REP virtual) que aparece na tela do nosso computador e um link que é disponibilizado. O registro do ponto no balãozinho só pode ser feito em nosso computador pessoal, mas nem sempre ele aparece, então a gente vai pelo link, que pode registrar o ponto de qualquer máquina da empresa. O link funciona sempre. Eu consigo registrar direito o meu ponto, porque sempre tenho a alternativa do link, mas se o Banpará retirar o link, aí vai ficar complicado, pois o balãozinho nem sempre aparece ou demora pra aparecer e nem sempre registra corretamente a jornada de trabalho”, relatou uma colega da Matriz do Banpará.

A AFBEPA quer saber até quando o Sistema de Controle de Jornada do funcionalismo do Banpará vai funcionar em desacordo com as Leis do Trabalho?

De acordo com o Sindicato, todas essas questões já foram resolvidas, e que somente três pontos estão faltando serem discutidos e regularizados pelo Banpará, os quais seriam: o registro de descanso de 10 minutos para cada 50 trabalhados dentro da jornada, enquanto o Banco quer que seja fora dela; o desconto de atraso no período de tolerância, quando deve ocorrer após os 10 minutos de tolerância estabelecidos; e os 15 minutos de intervalo que o Banpará quer juntar ao período de almoço e os funcionários preferem ao fim da jornada laboral.

Mas, se todos os outros pontos já foram discutidos e regularizados, por que, todos os dias, a AFBEPA recebe denúncias referentes às falhas do sistema de ponto eletrônico, que não são apenas as 3 listadas acima?

O que realmente está faltando, não é dar ao Banco tempo para ajustar o que não funciona, mas sim cobrar do Banco um Sistema de Controle de Jornada que realmente cumpra o seu papel, um sistema feito exatamente para essa função, não esse sistema falho que estão querendo empurrar aos funcionários. Falta um pulso firme de alguém que realmente nos represente.

Por fim, a AFBEPA pede aos colegas bancários que continuem relatando, durante esse período de ajuste, toda e qualquer falha que o sistema apresentar, pois é imprescindível que no dia 1º de abril nós tenhamos um Sistema que funcione realmente, de acordo como determinam as Leis do Trabalho. Essas falhas não devem continuar. O ponto eletrônico é um direito nosso e não podemos deixar o Banpará se apossar de algo que conquistamos com muita luta!

UNIDOS SOMOS FORTES!


A DIREÇÃO DA AFBEPA

Texto: Kamilla Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

E a nossa cédula c? O banco nem dá satisfação...