quarta-feira, 31 de julho de 2013

TÍQUETE EXTRA, PCS, HORAS EXTRAS, PONTO ELETRÔNICO - NA LUTA É QUE SE AVANÇA!

24 pessoas compareceram a uma assembléia geral para debater e votar a minuta nacional da Campanha Salarial 2013/2014. Não pode haver maior sinal de desgaste de uma direção sindical. O esvaziamento dos fóruns é compatível com a burocratização da luta e o completo afastamento da base. Sindicalismo de propaganda não funciona.

O pior é que além de esvaziada, a assembléia aprovou, por 16 votos a favor e 8 votos contra, a Minuta Nacional e o índice absurdamente rebaixado de 11,93%, tutelado pela lógica governamental de reposição da inflação, diga-se, inflação camuflada.

A Presidenta e a vice da AFBEPA defenderam o índice de reajuste que havia sido aprovado na Conferência Estadual dos Bancários, de 10% mais a inflação, o que ficaria em torno de 16,8%. O curioso é que esse índice havia sido defendido e aprovado na Conferência Estadual pelos mesmos dirigentes sindicais que, na assembléia de sexta-feira, defenderam o índice rebaixado de 11,93%. 

É terrível quando a lógica nacional se impõe e mascara e submete completamente a realidade local. Foi assim quando, ano passado, a direção do Banpará afirmou, em uma ata do Consad, que poderia dar 13% e o índice pedido pelo Sindicato foi o mesmo aprovado nacionalmente, de 10,8%. Uma vergonha!

Outra reflexão importante: até uma criança aprende rápido que na vida sempre é necessário negociar e que, em uma negociação, nunca se começa apresentando o valor a que se quer chegar, porque, evidentemente, as partes tentarão puxar a seu favor. Logo, se o objetivo fosse, realmente, atingir um índice de 5% mais uma inflação projetada de 6,6%, jamais se poderia pedir os 11,93%, porque a margem de negociação praticamente inexiste. Claro que não precisamos ensinar padre nosso a vigário e nem estamos supondo que os dirigentes nacionais da Contraf são ingênuos ou não sabem negociar. O problema é outro.

TÍQUETE EXTRA - O DIREITO À INTEGRALIDADE DA PLR
Em 2012 nos foi sequestrado um direito adquirido pelo costume, já que desde 2007, quando começou a ser paga a PLR, temos recebido a totalidade dessa verba em forma de abono ou tíquete extra. Jamais iremos nos resignar diante dessa retirada de um direito tão necessário às nossas vidas. 

Em 2013 a pauta do retorno do Tíquete Extra é decisiva para qualquer negociação. Essa é a posição da AFBEPA. Em resposta a um comentário no facebook, a Presidenta Kátia Furtado assim se manifestou:

"...no Banpará nós temos mostrado à Direção do Banco o crescente endividamento do seu funcionalismo, pois com a falta de salários, temos nos endividado com empréstimos pessoais e consignados e, muitas das vezes, o que sobra final do mês, não tem bastado para custear nossas necessidades de vida. É um enfrentamento, a questão do endividamento, que todos temos que fazer. Vamos nos UNIR e debater sobre essa situação. Para o seu conhecimento, a distribuição nos lucros e resultados é feita a partir de uma regra, em que se retira apenas 13% do Lucro e Resultado, para ser distribuído entre os trabalhadores, e parte desses valores, por força do que está convencionado, fica para os banqueiros, ou seja, os trabalhadores nem se apropriam de todo os 13%. O momento dos trabalhadores bancários, agora, é de lutar contra essas distorções, por distribuição linear da PLR, pela busca de melhores condições de salário e de vida."

O retorno do Tíquete Extra significa conquistarmos a integralidade do direito à PLR, à toda a nossa PLR. Precisamos e merecemos!

Por isso, em 2013, vamos lutar unificados, firmes e fortes, com coragem e determinação por:

- RETORNO DO TÍQUETE EXTRA;

- CRITÉRIOS HUMANIZADOS PARA PROMOÇÃO NO PCS;

- PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE PARA TODOS RETROATIVA A JANEIRO DE 2013;

- PROMOÇÃO POR MERECIMENTO EM JANEIRO DE 2014;

- IMEDIATA IMPLANTAÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO, CONFORME DECISÃO JUDICIAL;

- PAGAMENTO DE TODAS AS HORAS EXTRAS;

- CUMPRIMENTO DAS LEIS, REGULAMENTOS E ACORDOS, POR PARTE DO BANCO.


NA LUTA É QUE SE AVANÇA!

UNIDOS SOMOS FORTES!








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