sábado, 23 de fevereiro de 2013

O SINDICATO É IRRESPONSÁVEL E DESONESTO QUANDO MENTE AOS BANCÁRIOS

Ao Sindicato, que publicou um texto irresponsável, desonesto e mentiroso, mais uma vez atacando esta Associação e sua Presidenta, Kátia Furtado, temos apenas a   dizer que:

1º) Não sejam irresponsáveis. Vocês poderiam, em tempo hábil, ter informado a categoria sobre a sentença judicial da ação do tíquete extra, assim como, também, que o jurídico do Sindicato iria recorrer e, para isso, não precisavam atacar a AFBEPA. Apenas deveriam cumprir bem o seu papel, porque assim como toda a diretoria desta Associação, todos os bancários e bancárias do Banpará sequer sabiam que a sentença havia sido publicada no dia 07 de fevereiro, quanto mais se o Sindicato sabia da publicação da sentença e se iria recorrer. 

O detalhe é que a ação citada é do Sindicato, e não da AFBEPA. É o Sindicato que tem a responsabilidade, o dever, a obrigação moral e legal de informar a categoria. Mas não o fez em tempo hábil. Nos dias de hoje, com a internet, e com as assessorias, ainda que não houvesse um único diretor na sede do Sindicato (até porque nessas caravanas viajam grandes grupos, imaginem o custo dessas tantas viagens eleitoreiras), ainda assim, ler uma sentença no site do TRT, e postar uma matéria no site do Sindicato independe da cidade em que se está. Bastaria apenas ter um computador ligado à internet e tudo se resolveria, se houvesse o zelo, o cuidado e o respeito para com os interesses e direitos da categoria. Para isso é que recebem dinheiro público, para isso é que são liberados do trabalho.

A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, como advogada que é, entendeu que faltaram duas informações fundamentais na petição do tíquete extra: 


1) que o tíquete extra é uma sobra da nossa PLR, e que o Banco criou um direito para os funcionários a partir de 2008, quando começou a distribuir essa sobra em forma de abono ou de tíquete. Essas informações robusteceriam a tese do Costume; e 

2) que nosso ACT havia sido ratificado (pela pressão da greve), o que a Juíza não sabia, tanto que, ao final da Sentença, ela afirma que não havia Acordo vigente. 

Essas são avaliações técnicas que jamais caluniaram quem quer que seja. Avaliações que, inclusive, foram colocadas, de forma honesta e direta, por Kátia Furtado, à própria advogada citada pelo Sindicato, após a publicação da sentença no Blog da AFBEPA.

2º) Não mintam. Vocês decidiram ajuizar a ação do tíquete extra para poupar a direção do Banco de um confronto direto mediante ação política dos bancários e bancárias. Uma vez ajuizada a ação, a um terceiro ente coube a decisão sobre nosso direito, antes de termos esgotado todos os recursos da luta política com paralisações, e até uma greve, se necessário fosse. Isso porque vocês tem medo da pressão da categoria e medo da pressão do Banco.

A esperança de vocês é que a ação judicial jogasse uma água fria na fervura que se encontra hoje o caldeirão de injustiças e sequestros de direitos que ocorre no Banco, tanto que se recusaram a convocar uma assembléia, a tal ponto, que os próprios bancários tiveram que autoconvocar essa assembléia. 

Vocês, diretores sindicais, com o poder sindical que possuem, nada fazem, a não ser atos relâmpagos para as fotos; e reuniões nas quais baixam as cabeças para a direção do Banco. Exemplos? Vamos citar um exemplo bastante representativo, resgatando, exatamente, a história da assinatura do ACT 2012/2013 e da entrega do nosso tíquete extra. 

No dia em que foi assinado o ACT, Kátia Furtado soube em cima da hora do evento. Foi para a Matriz e encontrou uma diretora do Sindicato, funcionária do Banpará, no corredor, desolada. Perguntou a ela o porquê de estar fora da sala e escutou da diretora sindical que o Banco não havia permitido sua presença no ato de assinatura do Acordo. Imediatamente Kátia manifestou sua indignação diante desse desrespeito e perguntou à diretora: "e tua presidenta do Sindicato, concordou?" Desmoralizada, a diretora sindical silenciou.

Kátia entrou na sala. Estavam presentes o presidente do Banpará, a diretora administrativa e outros membros por parte do Banco; e, pelas entidades, a presidente e uma diretora do Sindicato, e a representante da Fetec. Imediatamente, Kátia protestou pela diretora sindical sozinha no corredor. Todos calaram, inclusive a presidente do Sindicato. Baixaram a cabeça. Aceitaram, como sempre, a imposição do Banco. 

Kátia, então, percebeu que já estavam assinando o Acordo. Pediu licença e perguntou sobre as pendências que teriam que ser resolvidas antes da assinatura do Acordo. (Relembrando - as pendências que ficaram pautadas com a diretora administrativa em uma reunião anterior aquela da assinatura do ACT eram: o pagamento do Tíquete Extra, a liberação da vice-presidente da AFBEPA, a liberação dos diretores da AFBEPA para atividades de formação sindical, a implantação do Ponto Eletrônico, entre outras).

Diante da pergunta de Kátia Furtado, o presidente do Banco disse que não iria debater mais nada e que estava ali apenas para assinar o ACT. Novamente o Sindicato calou. Se manteve calado, aceitando a não discussão, sequer tensionou o presidente do Banco sobre nosso tíquete extra e as demais pendências. Baixaram as cabeças aquelas que se diziam representantes dos funcionários, ali, naquela sala, na assinatura do ACT. Diante disso, e percebendo o que estava ocorrendo contra os funcionários, Kátia declarou que, em sinal de protesto, não assinaria o Acordo, e retirou-se da sala. O ACT 2012/2013 não traz a assinatura da Presidenta da AFBEPA, como testemunha.


A última página do ACT, sem a assinatura de Kátia Furtado que não assinou e não assinará, em sinal de protesto. O diretor da Contraf, que não estava em Belém, assinou o ACT após o envio por sedex.

Clique aqui para ler o ACT e ver as assinaturas na última página. 

Esse é apenas mais um exemplo, dentre tantos que, infelizmente, revelam a fraqueza dessa atual direção sindical.

3º) Não sejam desonestos. TODAS AS ENTIDADES DEFENDERAM O ACORDO NA ÚLTIMA ASSEMBLÉIA DA GREVE. Esta AFBEPA o fez com a alma cortada, mas por responsabilidade na defesa das vidas dos bancários e bancárias do Banpará. E a presidente do Sindicato e a representante da Fetec sabem muito bem disso.

1) Fomos informadas que a direção do Banco estava com uma ação judicial pronta, naquela noite, esperando o resultado da Assembléia, para ajuizar dissídio coletivo na manhã seguinte;

2) Tínhamos em pauta, com a Dirad, as pendências e um indicativo, do Banco, de que o tíquete extra seria rediscutido;

3) Avaliávamos e continuamos avaliando que nosso Acordo é bom, com boas conquistas econômicas como o maior reajuste do Brasil, que, nos demais Bancos, foi de 7,5%, e no Banpará foi de 8,5% mais 2% em todos os níveis da tabela, ou seja, tivemos um reajuste de 10,5%, além dos 4% na parcela adicional da PLR, a conversão da licença-prêmio em dinheiro, o abono dos dias parados, entre outras conquistas nas cláusulas ECONÔMICAS (que já estavam entregues ao Banco pelo Sindicato).

No texto em que, desonestamente, os diretores do Sindicato recortaram e copiaram do nosso Blog, ficou muito claro aos bancários e bancárias que defendemos nosso ACT, porque não queríamos ficar apenas com as cláusulas econômicas da Fenaban, o que o Sindicato havia aceitado.

Sabíamos que havíamos chegado ao limite de nossa greve, até porque, naquele mesmo dia, havia se encerrado a greve relâmpago da Contraf, e, no dia seguinte, o Banco ajuizaria o dissídio, e tendo a Fenaban e a Contraf negociado a Convenção, a Justiça do Trabalho encerraria nossa greve e teríamos apenas a Convenção da Fenaban, à qual o Banpará é signatário. Perderíamos nosso ACT e nossos prejuízos seriam imensos!

Na assembléia de aprovação do Acordo, Sindicato, Fetec e AFBEPA, as três entidades, defenderam a aprovação do Acordo. Por ampla maioria OS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS APROVARAM O ACORDO. 

Os culpados da perda do tíquete extra, vamos lembrar ao Sindicato: são a direção do Banco e o governo Jatene.

Em defesa dos direitos, interesses e conquistas dos bancários e bancárias, e empurrando o Sindicato em favor de nossas causas, o que nos toma bastante energia e tempo, sempre lutamos e lutaremos, com ousadia, independência e coragem, com verdade e fé, e com honradez e honestidade. Sigamos adiante que nossas demandas reais são muito grandes, pesadas e nossa luta é imensa! Não temos mais tempo a perder!



FIRMES NA LUTA,

UNIDOS SOMOS FORTES!





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