sábado, 1 de setembro de 2012

HOJE, 1º DE SETEMBRO ESTAMOS EM DATA BASE E SEM ACT NO BANPARÁ. É GREVE NA TERÇA, PARA ARRANCAR A NEGOCIAÇÃO DAS NOSSAS CLÁUSULAS ECONÔMICAS!


Colegas bancários e bancárias do Banpará,


É com enorme disposição de luta e esperança que nos dirigimos a vocês, na certeza de que só a independência, a coragem e a firmeza de propósitos serão capazes de vencer as tantas barreiras que tentam se impor em nosso caminho, que será de vitórias, no que depender de nossas forças.

Por intransigência do Banpará, a partir de hoje, 01/09, estamos sem ACT vigente. Mas reverteremos isso na luta, na greve! Vivemos a plena campanha salarial e o que desejamos? O justo, o correto, o esperado: a negociação de nossas reivindicações salariais, econômicas, financeiras, porque precisamos melhorar nossas vidas e, para isso, estamos fazendo a nossa parte. Foram muitos anos sem reajuste, sem PCS. Foi o empréstimo, ao Banco, de 20% de nossos salários por onze meses em 1998, para capitalizar o Banpará que, até hoje, nunca pagou o que nos deve.

A AFBEPA tem mostrado os elementos fundamentais que embasam nossos justos pedidos de negociação das cláusulas econômicas de nossa Minuta de Reivindicações:

1) Mostramos a ata de reunião do Consad onde o Banpará afirmou que provisionou 13% de reajuste nas verbas salariais; 

2) Mostramos a tabela de comparações onde os valores das cláusulas econômicas da Fenaban/Contraf são menores do que os nossos, constantes em nosso Acordo específico;  e

3) Mostramos o balanço do semestre que mostra que o Banpará lucrou e cresceu além do esperado, exatamente porque nós construímos esses resultados. 

Diante de tudo isso, porque o Banco continua a nos negar o direito de negociar nossas cláusulas econômicas, mesmo sabendo que, ao convergir para a mesa da Fenaban, nos trará grandes perdas financeiras? O banco não tem argumentos para nos desrespeitar como está fazendo agora.

Porque ainda há dirigentes sindicais que insistem em afirmar que na reunião do dia 5 haverá negociação apenas das cláusulas sociais, que é o que tenta nos impor o Banco? Tal encaminhamento foi desautorizado pela Assembléia dos funcionários que se posicionou pela greve imediata, exatamente porque não aceitou iniciar as negociações pelas cláusulas sociais, já que essas demandas são tratadas durante o ano inteiro nos Comitês específicos. 

Cláusulas sociais podem e devem ser debatidas, no entanto, nós só temos a nossa data base para conseguirmos efetivar as nossas necessidades econômicas. Por causa de anos e anos de reajuste zero, hoje somos trabalhadores endividados, e esse é o único momento, durante o ano, em que temos o poder de reivindicar e negociar melhorias salariais. Não podemos perdê-lo sob pena de acumularmos mais perdas desastrosas para nossas vidas.

Por isso temos afirmado que nossas prioridades são o reajuste de 13% nas verbas salariais, a equiparação ao piso do Dieese ou ao melhor piso de Banco federal, e no PCS: retirar as metas, resgatar os 5% entre os níveis, incluir os adoecidos e definir os critérios objetivos e subjetivos para promoção por merecimento.

Para tentar desmobilizar a greve, o Banco usou de um triste expediente: divulgou uma nota mais branda, mas contendo, no anexo, o mesmo documento inflexível, rejeitado na Assembléia, onde limita a negociação às cláusulas sociais. Muito comemoraram, achando que tínhamos conseguido. Lamentavelmente, não é verdade. Não nos interessa negociar apenas as cláusulas sociais e perder dinheiro ficando com as cláusulas econômicas da mesa rabaixada da Fenaban.

Tivemos relato de que um bancário que votou contra a greve na Assembléia, agora está afirmando que o Banco irá cortar o ponto; com isso, tentando difundir o medo na categoria. Outra mentira. Em nosso ACT sempre conseguimos o abono dos dias parados e, mesmo que isso não se confirme agora, na Convenção da Fenaban, a qual o Banco segue, os dias parados são compensados, nunca perdidos. Os bancários do Banco da Amazônia grevaram 77 dias ano passado e não tiveram o ponto cortado. Mas nossa greve também será pelo abono dos dias parados, como sempre foi.

Não estamos mais sob as amarras do medo. Crescemos em consciência e participação. Sabemos do que se trata a campanha salarial, não nos rendemos e nem vendemos nossa dignidade. Vendemos, sim, nossa força de trabalho, nossa energia, nossa saúde e com isso estamos garantindo os recordes de lucros do Banpará e o repasse de milhões e milhões ao governo do Estado. E por isso, merecemos respeito, consideração e valorização verdadeira! Merecemos a imediata e justa negociação de nossas cláusulas econômicas e, caso o Banco não recue, vamos entrar em greve na terça-feira, 04, e dela só sairemos com as nossas principais conquistas garantidas e assinadas!


UNIDOS SOMOS FORTES!


Belém, 01 de setembro de 2012. Haveremos de vencer!
A Diretoria da AFBEPA.




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2 comentários:

Anônimo disse...

É inacreditável ainda termos "colegas" votando contra nós e a favor deste sindicato vendido aos governos e aos patrões. Não mais me surpreende neste pobre Brasil. Portanto, num mar de lamas em corrupção, sabe-se lá o que a administração propõe aos sindicalistas de benefício pessoal para fazerem tanta lambança contra a nossa única arma, que é a greve. Em abril de 2013, vamos lutar com todas as armas para ver este sindicato de cara nova e totalmente a favor do trabalhador, como seria a sua obrigação.

Anônimo disse...

Colega, seu comentário infelizmente só nos coloca como adversários e ao que parece não somos. Vamos ter bom senso nos comentários, principalmente numa hora em que a unidade é extremamente necessária.