segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BANPARÁ ATENTARÁ, MAIS UMA VEZ, CONTRA O LEGAL E LEGÍTIMO DIREITO DE GREVE


Há 14 dias estamos em greve e a direção do Banpará permanece em total desrespeito para com nossas mais legítimas e justas reivindicações, total descaso para com nossas vidas. A intransigência, a inflexibilidade e a dureza se consolidam como marcas dessa gestão formada por funcionários de carreira do Banco, mas que conduzem a empresa, apenas e tão somente, como patrões impiedosos para com os trabalhadores. Para nós, nada. Para o governo estadual, repasses milionários, dividendos de um lucro construído com nosso trabalho: R$ 66 milhões em 2011 e R$ 10 milhões só no primeiro trimestre de 2012. 

O ASSÉDIO - Ouvimos diversos comentários de que a direção do Banpará, além de estar continuamente assediando gerentes e funcionários, determinando o retorno ao trabalho, forçará a abertura de agências hoje, 17, para isso, trazendo bancários do interior, pagando diárias e todos os custos de deslocamento desses colegas.

O Banpará está se valendo de um mandado de segurança que permite o livre acesso às unidades do Banco, para atentar contra o direito de greve, com atitudes tão provocativas quanto irracionais, e esquece que a Justiça do Trabalho jamais pôs fim à greve, que continua sendo legal, legítima e justa. Temos registrado, aqui no Blog, todos os atentados que a direção do Banpará vem praticando, incluindo as notas impressas incitando a população a adentrar as unidades da agência levando a crer que haverá funcionamento.

O BANPARÁ ESTÁ ASSUMINDO TODOS OS RISCOS
A medida que será tomada hoje é um claro ataque ao direito de greve e coloca em risco a integridade de bancários e clientes. Ao tentar abrir agências à população, estando a categoria em greve amparada por todos os requisitos legais, a direção do Banpará assumirá todos os riscos, principalmente considerando que amanhã se inicia a greve geral dos bancários e todas as agências e Bancos estarão fechadas.

Várias tentativas tem sido feitas no sentido de quebrar a intransigência da direção do Banpará: conversas com deputados, audiências com o TRT, reunião com a SEPOF, mas todas tem resultado, até o momento, infrutíferas. A ratificação do ACT é uma conquista da greve, é verdade, mas o Banco anunciou, na última reunião, que irá retirar direitos constantes no Acordo: índice de reajuste e PLR.

No índice ofereceu apenas os 6% que todas as assembléias no país já rejeitaram. Sabemos, pela ata de reunião do dia 7 de maio do Consad, que o Banpará provisionou 13% para reajuste das verbas salariais.

Na PLR adicional, temos ganho, além dos 2% da Convenção da Fenaban, mais 2% de tíquete (2% + 2% = 4% + tíquete). Nossa PLR, portanto, tem sido de 4%, mais tíquete. Pois bem, esse ano, a direção do Banpará disse que seguirá apenas o que vier da Fenaban. Disse, com todas as letras, que serão apenas os 2% da Fenaban. Nada mais. Se depender da direção do Banpará nem PLR adicional de 4%, nem tíquete.

Por isso estamos reforçando nosso chamado à greve. Mais do que nunca a força da luta está em nossas mãos. Depende apenas de nossa união e firmeza de propósitos o que podemos, ou não, conquistar além da Fenaban.

A ESTRATÉGIA - essa estratégia de negociar apenas cláusulas sociais e aceitar só o que vier da Fenaban foi um erro, como afirmamos, que só deu tempo ao Banco para agir contra os bancários. Por isso a AFBEPA sempre defendeu a imediata negociação das cláusulas econômicas, jamais baixando a cabeça e aceitando imposições absurdas da direção do Banco.

A AFBEPA sempre acreditou na força de luta da categoria. Jamais negociamos ou negociaremos a redução de conquistas para os bancários. Jamais pedimos ou pediremos menos do que o justo. Nunca entramos em jogo combinado com a direção do Banco. Para nós, da AFBEPA, vale o que vem pra mesa e não o que se diz em conversas de corredor.

Por isso, para a AFBEPA, o importante é que estejamos conscientes e mobilizados, e que qualquer decisão seja tomada conjuntamente, por todos e todas, como tem sido feito. Nossa greve foi amplamente debatida em assembléia e a decisão foi da maioria. Assim será, sempre, no que depender de nós.

As medidas judiciais cabíveis estão sendo tomadas. Continuemos com a força da nossa luta, continuemos em greve até que a direção do Banpará aprenda a nos respeitar e negocie um diferencial econômico a mais da Fenaban, além de manter nossa PLR adicional em 4%, mais tíquete.



UNIDOS SOMOS FORTES!





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4 comentários:

Anônimo disse...

alguns colegas da matriz que estão grevando estão com vontade de voltar porque estão com medo de como vai ficar o ponto nesses dias parados. estão com medo de serem descontados. é preciso que voces façam uma campanha informando a todos que não haverá desconto dos dias parados. precisa ficar mais claro isso,senão a greve vai furar

Anônimo disse...

"O Banco Central reduziu os depósitos obrigatórios que os bancos têm de fazer, para liberar mais dinheiro no mercado e permitir que sejam dados mais empréstimos para os consumidores e as empresas.

A alíquota adicional incidente sobre os depósitos à vista foi reduzida de 6% para zero, e passa a vigorar a partir desta sexta-feira (14). Em relação ao depósito a prazo, a alíquota adicional foi reduzida de 12% para 11%, e surtirá efeito a partir de 29 de outubro deste ano.

Parte do dinheiro que é depositado em todos os bancos, privados ou públicos, tem de ser guardada no Banco Central, para garantir uma sobra caso haja algum problema com o sistema bancário. A quantidade desse depósito compulsório é definida pelo BC.

Para o BC, as medidas devem liberar, nos próximos meses, em torno de R$ 30 bilhões do estoque atual de R$ 380 bilhões de depósitos compulsórios. A expectativa do BC é que haja mais dinheiro disponível para empréstimos e operações entre bancos.

A circular permite que até metade do recolhimento compulsório adicional sobre depósito a prazo seja cumprida mediante aquisição de Letras Financeiras e carteiras de crédito. Essa regra passa a vigorar a partir desta sexta.

Segundo o BC, essa decisão simplifica a estrutura de recolhimentos compulsórios, com a eliminação do adicional sobre depósitos à vista, reduz os custos da intermediação financeira e fornece melhores condições para o setor operar de maneira mais eficiente."

Portanto, mais uma razão/condição para que possam os bancos atender nossas reivindicações salariais. A hora é essa!

Anônimo disse...

Num dia bem próximo, esses mesmos que se julgam "donos" do Banpará, estarão NOVAMENTE sentados numa simples carteira de alguma superitendência e receberão o devido tratamento desses mesmos colegas que tentam, impiedosamente, massacrar pelo, hoje, "abuso de poder". Somos pais de família; temos casa para sustentar; contas, que aumentam anualmente, a pagar; enfim, e não podemos ficar sem nenhum reajuste também, no ano. Seus salários são poderosos, mas, amanhã, serão da mesma forma rebaixados por força de novas e novas diretorias. Nunca imaginei viver num mundo tão mesquinho, tão egoísta, tão medíocre, tão cruel, como este. De nada mais adianta termos aquela motivação em trabalhar no Banpará, enquanto essa diretoria tirana continuar. Colegas, se vcs puderem, estudem para empregos melhores, salários respeitosos. Não estagnem no tempo. Eu mesmo vou "tirar coelho da cartola" e voltar a estudar para outro concurso público e vazar desse holocausto nazista em que tornaram o NOSSO banco, o banco da família paraense, como dizia o antigo slogam. Como disse, o mundo está demais cruel e não existe mais sensibilidade ou amor ao próximo. Pessoas que de alguma forma frustraram-se no decorrer de suas vidas, resolvem desforrar essas frustrações em quem nada term a ver. Mas, a crueldade faz miséria, presidente. Reforce sua segurança, popis, quem sabe algum colega atingido por este destempero, ou melhor, essa sua frustração na infância, não resolva ter convosco pessoalmente. E senhor governador, se eu pudesse ir tirar os dois votos que dei a V. Excia. das urnas, iria correndo. Mande seu candidato continuar em BSB mesmo, ou o senhor irá detonar com a imagem do Zenaldo para vindouras candidaturas. Que Deus tenha muita misericórdia de vcs, E esperem, quando a mão dEle descer em vossas cabeças. Escrevam isso e lembrem neste dia do que avisei. Deus abençoe o nosso povo bancário.

Anônimo disse...

A perversidade da administração do Banpará é tão inconsequente, que precisa trazer colegas (assédio puro neles) do interior a peso de ouro, em vem de sentarem à mesa e negociarem amistosamente o nosso aumento. Cá com meus botões, imagino que, o dinheiro que economizarão não dando aumento e, ainda tirarem o que já ganhávamos, deve ser para injetar na frustrada campanha do candidato tucano, ou então, para levantar a porcaria da Celpa e limpar a barra da burrice que fizeram ao privatizar essa que é a pior concessionária de energia elétrica do país. Acho que deva ser para isso, hein, Senhor Barba de Bode Velho??? E o senhor ainda pensa em reeleição???...Espere sentado.