quinta-feira, 3 de maio de 2012

"É IMPOSSÍVEL! SÓ PRESSÃO E COBRANÇA! E PESSOAL E ESTRUTURA? NADA"

Agência Ananindeua na abertura, as 10h. Permanece assim, 
completamente lotada, até depois das 19h, quase todos os dias.


O Título desse post é a frase dita, em tom de desespero, por uma bancária que temeu pela própria vida na Agência Ananindeua quando, na última segunda-feira, 30, a diretoria do Banpará decidiu que seriam fechados os cashs as 18h30. A agência completamente lotada dentro e no auto-atendimento. Os clientes começaram a se revoltar, o clima começou a esquentar e ameaçaram, inclusive, quebrar a agência, caso o auto-atendimento não fosse reiniciado. O mesmo ocorreu na Agência Cidade Nova, na sexta-feira, 27. O depoimento desabafo foi feito à Presidenta da AFBEPA após a reunião com os funcionários da Agência.


Kátia Furtado conversando com os colegas


A REUNIÃO
Kátia Furtado e Amaral, da AFBEPA, iniciaram a reunião às 9h, colocando aos funcionários sobre a audiência da reclamação trabalhista movida contra o Banco, cuja diretoria não cumpriu três pontos acordados em mesa de negociação, quais sejam: 


1) Reajuste de todas as comissões até novembro de 2011, ponto afirmado pela diretora administrativa em vários momentos na mesa e, ao telefone, no viva-voz, para a presidente do Sindicato, quando a Presidenta da AFBEPA estava ao lado, escutando. Ressalte-se que a diretora confirmou isso em reuniões posteriores.


2) Reajuste das comissões de tesoureiros retroativo a setembro de 2011, uma vez que foi acordo firmado em mesa de negociação e deveria ter sido garantido na data-base.


3) Melhor reajuste, o da Fenaban, considerando a tabela do PCS e o interstício de 5% entre os níveis, deveria ser dado 12% em todos os níveis e em todos os cargos.


Érica, do Sindicato, Kátia Furtado e Amaral, da AFBEPA, conversando com os colegas


Em seguida, outros assuntos foram abordados:


4) A permanente ameaça de federalização, privatização ou extinção do Banpará, quando, diante dos vários questionamentos dos funcionários, a Presidenta da AFBEPA reafirmou a disposição e a missão de luta pelo fortalecimento e defesa do Banco, sempre mostrando que, historicamente, foram os funcionários e a sociedade que mantiveram o Banpará vivo e cada vez mais forte! Lembremos que, em 1998, os funcionários chegaram a emprestar ao Banco 20% de seus salários, por onze meses, no processo de capitalização. Empréstimo esse nunca pago aos funcionários.


5) Horas Extras e Ponto Eletrônico também é outro tema bastante questionado entre os colegas que estão sofrendo com a permanente extrapolação da jornada, sem poder assinar todas as horas efetivamente trabalhadas, o que aliás, está determinado em Lei e em um comunicado do Presidente do Banpará. Sobre o Ponto Eletrônico, a posição unânime é a de que, caso a diretoria do Banco não instale, em todas as unidades de trabalho, o ponto eletrônico até o último dia de maio, no dia 1º de junho cabe a imediata ajuização de Ação de Cumprimento do ACT, até porque Norma Federal determina que o mês de abril é o prazo para instalação do Ponto Eletrônico em todas as empresas públicas e autarquias. Esta informação, já postada em nosso blog, você pode ler clicando aqui.


Finalmente, a AFBEPA conclamou os funcionários à luta permanente, à crença de que a união faz a força, ressaltando o momento que se apresenta quando, no próximo dia 12 de maio será realizado o Seminário pelo Fortalecimento e em Defesa do Banpará - ainda essa semana, faremos a divulgação desse evento que contará com a participação de várias instituições da sociedade civil organizada e, em junho, ocorrerá nosso Encontro Estadual pra definir a minuta de reivindicações e os rumos da nossa campanha salarial.


 Agência permanentemente lotada,

 Cobranças de metas inatingíveis
carência de estrutura e pessoal.


COBRANÇAS, METAS, FALTA DE ESTRUTURA E PESSOAL
Finalizada a reunião vários colegas procuraram a Presidenta da AFBEPA para relatar as difíceis situações vivenciadas na agência, que são as mesmas verificadas em todas as unidades do Banco. Uma das questões abordadas, além do quase quebra-quebra na segunda-feira, foi a inatingível meta de recuperação de crédito, quando, na verdade, não existe uma política e nem equipe de recuperação de crédito no Banpará. A Agência Ananindeua, uma das maiores do Banco, trabalha com muitas empresas privadas e o nível de rotatividade de funcionários é grande. São realizados empréstimos, negócios para o Banco, no entanto, esses funcionários ao serem demitidos, deixam dívidas no Banpará e a cobrança para a recuperação desses créditos recai sobre a agência. Mas, como, sem pessoal e estrutura suficiente? O correto seria que o Banco, ou terceirizasse, ou criasse um setor específico para recuperação de crédito, mas a diretoria opta pelo caminho mais fácil: pressionar os bancários por metas inatingíveis, com cobranças sem a devida contrapartida do Banco.


"Colegas, não vamos, jamais, retroceder! Nosso caminho é avançar rumo às nossas conquistas, porque somos nós, é o nosso esforço e a nossa dedicação que constrói esse Banco, que é um patrimônio do povo do Pará! Nós temos direitos enquanto trabalhadores e tudo o que nos for devido será garantido pela nossa luta, pela nossa crença, pela nossa força, porque unidos somos fortes!" finalizou Kátia Furtado.




UNIDOS SOMOS FORTES!












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