segunda-feira, 14 de maio de 2012

DA INJUSTA DEMISSÃO - PARA COMPREENDER


Extremamente autoritária. É essa a melhor descrição da postura atrasada da administração do Banpará. Quem tem autoridade legítima, além da legal, não precisa ser autoritário. Modernamente, todos preferimos o diálogo e o respeito mútuo como meios de entendimento, principalmente quando se há o fundamental em qualquer relação: confiança.

O caso mais recente de afronta aos direitos humanos e a mostra escancarada de autoritarismo, é o ocorrido no PAB ALEPA, desde os idos de 2005, até a última deliberação tomada pelo presidente, contrariando a decisão unânime do Comitê Disciplinar que foi de perdão tácito aos bancários envolvidos. Vamos aos fatos:

1) O bancário que atuava como coordenador do PAB ALEPA, naquele momento, com o aval e aquiescência de seus superiores, realizava determinados procedimentos que infringiam normativos internos;

2) Segundo o bancário, todos os procedimentos realizados no PAB, eram informados à gerente, que o autorizava verbalmente a operacionalizar o que a Assembléia Legislativa exigia, seja por meio de seus funcionários de confiança, diretoria da Casa, seja pelo Presidente da ALEPA;

3) Esses procedimentos jamais foram questionados pelo cliente: a ALEPA, e foram realizados, tendo o bancário a crença de que as pessoas que o praticavam detinham fé pública;

4) Passados mais de sete anos, a administração do Banpará determinou que fosse aberto Processo Administrativo Disciplinar, com o fim de apurar individualmente as condutas funcionais;

5) No julgamento desse processo, as representações dos trabalhadores e empregador, decidiram, por unanimidade, que devido o Banpará não ter aberto o Processo Administrativo Disciplinar ao tempo das infrações, o mesmo havia perdoado tacitamente todos os seus empregados que tinham, de uma forma ou de outra, cometido alguma falha de procedimento;

6) Nesse julgamento também se firmou como entendimento que o que foi apurado e decidido naqueles casos individuais, faria jurisprudência para os demais;

7) No final do dia 10 de maio, o Presidente do Banpará seguiu em sentido contrário ao que os representantes do Banco e os trabalhadores decidiram no Comitê Disciplinar e demitiu, injustamente, o funcionário Jorge Kleber. Esclareça-se que esse funcionário sempre foi muito dedicado, muito querido entre os colegas de trabalho, pessoa simples e humilde, que somente teve uma falha: obedeceu a ordens superiores contrariando o regulamento, sem imaginar que estava dentro de um covil de lobos.

8) Um Relatório de Auditoria, foi fundamental para que as representações dos empregados e empregador, chegassem ao entendimento que não cabia mais nenhuma punição, porque o relatório mostra que quem tinha mais poder que o Jorge Kleber, de coibir e modificar o que ocorria, nada fez, como, por exemplo o Chefe da Auditoria e toda a diretoria do Banpará, naquele momento, que tinham pleno conhecimento do que ocorria no PAB ALEPA;

9) Por que o Presidente do Banpará resolveu agir dessa forma, sabendo que a sua decisão não foi a mais acertada, tendo em vista que o tempo decorrido não permite mais qualquer punição?

Reina, nesse momento, a instabilidade, a insegurança dentro da empresa. Esse clima retira principalmente a motivação e o estímulo que os funcionários precisam ter para captar e buscar negócios, para que o Banpará se mantenha forte, público e estadual.

Não interessa para o Banpará, o Banco patrimônio do povo paraense, esse tipo de gestão. Os trabalhadores não se inclinam mais diante disso. A época do medo já passou. O tempo, agora, é de respeito e diálogo, como caminho para se alcançar metas comerciais e sociais, observando sempre o limite humano e fixando regras que tenham por base, prioritariamente, a estrutura oferecida dentro do ambiente do trabalho.

Para os funcionários do Banpará fica a lição: não façam nada que não seja permitido, nada que contrarie o regulamento e as normas. O Banpará, dentro da rotina do trabalho bancário, tem o dever de estabelecer regras, e essas regras tem o condão de nortear a nossa prática de trabalho.

Continuamos, incansavelmente, na luta por justiça, ética, respeito e direitos! E no combate à corrupção! O Jorge Kleber, assim como todos os colegas injustiçados com as decisões arbitrárias da direção do Banpará, tem a nossa total e ativa solidariedade! Não descansaremos até que toda a verdade seja revelada e os verdadeiros culpados pelos desvios de dinheiro público da ALEPA sejam punidos!

A assessoria jurídica da AFBEPA está à frente também deste caso e avalia que as falhas do Banco serão consideradas em uma decisão judicial, o que leva a crer que, a nível da Justiça, e pelos mesmos motivos, a decisão do Comitê Disciplinar deverá ser resgatada.


UNIDOS SOMOS FORTES!
  

        


   

3 comentários:

Anônimo disse...

Acontece que o "covil de lobos", à época, era comandado por lobos do atual partido político que comanda este estado, o PSDB do governador Jatene (administração Mário Couto), e ao seu maior aliado o PMDB (administração Domingos Juvenil), portanto...

Anônimo disse...

Revoltante a entrevista mostrada hoje no Bom Dia Pará, dada pelo deputado do PSDB Megale, se eximindo da responsabilidade no pagamento dos cheques por êle assinados, e motivo de denuncias do MP do seu envolvimento, nos desvios de recursos públicos na ALEPA. Colocou toda a culpa no Banpará (funcionário).Sugiro que a AFBEPA possa levar essa reportagem ao Fórum sobre o fortalecimento do Banpará, para que seja mostrada aos participantes.

Anônimo disse...

Sempre eles acham um bode expiatório, uma pilha fraca, para justificar tanta bandalheira por parte dessa corja política. Detesto político e política. Por mim, isso seria extinto de um país. E ainda deve vir uma gigantesca pizza por aí.