segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O BANPARÁ É UM PATRIMÔNIO DO POVO. É SOBERANIA DO ESTADO.


Nenhum governo tem legitimidade suficiente pra privatizar um patrimônio público. Ter sido eleito pelo povo, não significa ter carta branca para vender o que é do povo.

O Banpará é um patrimônio do povo paraense. Um Banco construído, no dia-a-dia, por funcionários dedicados, uma empresa que dá cada vez mais lucro para o Pará, e está bem longe de ser um estorvo, visto que, só em 2011, repassou cerca de 60 milhões ao governo estadual. O Banpará é um Banco que vem se fortalecendo, crescendo, e caminha para cumprir sua missão primordial de ser um dos pilares da política de desenvolvimento do Estado. Mas é preciso saber qual política de desenvolvimento a atual gestão deseja implementar. Isso é que não está claro.

Infelizmente, o atual governo estadual ainda não disse a que veio. Em um ano de gestão não dá sinais de colocar em prática as promessas que o elegeram. Ao contrário, mobiliza a Assembléia Legislativa para tentar aprovar, no apagar das luzes de 2011, um Projeto de Lei - PPP, parceria público-privada, que significa a privatização branca de serviços e empresas estatais. A versão paroara da privataria tucana, aliás, já bem conhecida por nós, vide Celpa e antiga Telepará.

O Banpará venceu as ondas privatistas desde a década de 90, mantendo-se, até hoje, como um dos cinco Bancos públicos estaduais sobreviventes, pela lucidez de lideranças de movimentos sociais, de alguns homens públicos sérios e, sobretudo, pela luta incansável de seus funcionários, que chegaram a emprestar 20% de seus salários por onze meses para capitalizar o Banco em 1998. Há toda uma história de resistência e defesa do Banpará, e nela está inserida a fundação da AFBEPA, em 1987, quando os interventores, à época, haviam decidido fechar as portas do Banco.

Vender o Banpará significaria abrir mão de um importante instrumento de desenvolvimento com inclusão social. O que é preciso é investir no Banpará, modernizar, resolver os problemas tecnológicos, oferecer mais e melhores produtos e serviços à população, e levar o Banpará a cada município do Estado, que, pela lógica do capital, não interessam aos grandes Bancos públicos e privados, mas onde há famílias paraenses, pessoas que merecem respeito e espaço pra crescer e se desenvolver como cidadãos.

Não vamos jamais nos calar! O governo do Estado e a direção do Banpará precisam desmentir essa nota infeliz e reforçar o compromisso com a manutenção e o crescimento do Banpará. Aliás, compromisso assumido pelo então candidato Simão Jatene, ainda em campanha, no segundo turno, quando recebeu, em uma plenária no Quem São Eles, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado. Na recente eleição, a AFBEPA entregou uma Carta-Compromisso em Defesa do Banpará a três candidatos ainda no primeiro turno: Fernando Carneiro - PSOL, Cleber Rabelo - PSTU e Domingos Juvenil - PMDB, e no segundo turno ao candidato Simão Jatene - PSDB. A então candidata à reeleição Ana Júlia - PT não recebeu a AFBEPA.

Agora é hora de cumprir a palavra! Assumir, novamente e agora para todo o Pará, na condição de Governador do Estado, o compromisso de fortalecer o Banpará e todas as empresas e serviços públicos e uma boa forma de fazer isso seria retirar esse infeliz Projeto de Lei - PPP's, da pauta da ALEPA.




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2 comentários:

Anônimo disse...

oi sou um funcionario desta instituição, e sou afavor da federalização pois tenho varios colegas da policia e professores que já estão falando em mudar suas contas para banco do brasil, é melhor nóis e logo pois depois será tarde, na pior das ipoteses nois continuaremos em um banco público é melhor que um privado.

Anônimo disse...

Ninguém tem mais palavra neste impune país. Hj vc diz uma coisa e, amanhã faz diferente. Um banco que ostenta constantes crescimentos, lucros exorbitantes a cada semestre, como pode ser privatizado????É uma pena ter que dizer isso, mas já estou inscrito para o mais novo concurso do Banco do Brasil, pois não confio mais em lári-láris de ninguém, nem do Pinduca, rsrsrs. É o mesmo que acreditar em papai noel. Não temos mais pra onde gritar, pois todas as autoridades fecham os ouvidos, porque todos tem um preço. É isso aí.