terça-feira, 13 de dezembro de 2011

RECADASTRAMENTO DO BOLSA TRABALHO É UM CAOS NO POSTÃO

 Filas intermináveis. Os clientes em pé e os bancários trabalhando até as 19h.


 Sobrecarga, stress, adoecimentos, horas extras não registradas e não pagas,
A realidade para os bancários da Suneg e Ag. Senador Lemos.


Um caos infernal. Não há outra forma de caracterizar o que está ocorrendo na Agência Senador Lemos do Banpará, onde está sendo feito o recadastramento do programa Bolsa Trabalho para toda a região metropolitrana de Belém, além do pagamento do 13º salário para os funcionários públicos. A sobrecarga de trabalho, o stress e os adoecimentos serão os resultados, para os bancários, que nem a devida hora extra estão recebendo pela sobrejornada.

A presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, esteve pessoalmente acompanhando os trabalhos na Agência e no Postão e pôde observar e denunciar várias irregularidades. Os funcionários da Suneg, que atendem no Postão, estão entrando as 7h e saindo as 19h, com intervalo corrido de apenas 15 minutos para o almoço, descumprindo o artigo 71 da CLT que determina que seja no mínimo 1h de almoço e descanso para jornada acima de 6 horas. As horas extras não estão sendo assinadas. Não há estrutura adequada quanto aos aparelhos de ar condicionado no Postão do autoatendimento e o calor é insuportável para funcionários e clientes, o que também é prejudicial à saúde!

O recadastramento do programa Bolsa Trabalho, que teve início no dia de ontem, 12, e segue até sexta-feira, 16, é inerente à SETER, Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda do Governo do Estado; no entanto, a pedido do governador, a direção do Banpará assumiu mais esse encargo, porém, sem garantir o planejamento e a estrutura adequados para dar conta da tarefa.

Os funcionários da agência Senador Lemos e os da Suneg, que estão atendendo a esse grande contingente de pessoas, estão estafados. Cada bancário da Suneg está atendendo, diariamente, cerca de 200 beneficiados do programa, digitando no computador todos os dados cadastrais. Sem a devida pausa, há um comprometimento fisiológico, o que pode levar a lesões por esforço repetitivo - LER.

"A AFBEPA vem denunciando e exigindo do Banco que sejam observadas as regras mínimas de proteção ao trabalhador estabelecidas na Constituição e na CLT: as pausas, os intervalos intrajornadas, o devido registro e pagamento das horas extras e, no mínimo dois turnos de trabalho, para proteger a saúde dos bancários. As pessoas não são coisas, não são máquinas! Têm que ser designadas equipes de trabalho para verificar e corrigir os reais problemas do cotidiano do trabalho! Só assim se pode cobrar metas e estabelecer novas tarefas, sem penalizar e adoecer os trabalhadores!" Ressalta, indignada, Kátia Furtado.

A AFBEPA já solicitou reunião, em caráter de urgência, com a DIRAD, no sentido de tratar essa e outras pautas pendentes. A Secretária da Diretoria ficou de retornar à Presidenta da AFBEPA, ainda hoje.



*

Um comentário:

Anônimo disse...

O assédio moral é título para promoções no banco.