sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

(IN)SEGURANÇA BANCÁRIA - TENTATIVA VIOLENTA DE ASSALTO EM CONCÓRDIA DO PARÁ

Mais um crime na modalidade "sapatinho" ocorreu vitimando um bancário do Banpará, desta vez na Ag. Concórdia do Pará, que pela terceira vez, em dois anos, é atacada. Na noite do dia 30 de novembro, por volta das 19h, o funcionário que esteve no sobreaviso até esse dia, teve sua casa invadida pela quadrilha e foi aterrorizado e torturado. Os assaltantes revelaram detalhes das rotinas do funcionário, mostrando que estavam mapeando, há bastante tempo, a vida da vítima. Ainda a noite, o funcionário foi sequestrado e levado à agência sendo obrigado, pelos bandidos, a abrir a unidade, porém, como ele não mais estava respondendo pelo sobreaviso, o assalto não foi consumado. Os bandidos, então, levaram o bancário a um ramal e retiraram suas roupas no mesmo momento em que atiravam, mandando que ele corresse mato adentro sobre pedras na piçarra. O bancário ficou com os pés e as pernas bastante machucados, além dos graves traumas psicológicos. Ainda não foi aberta a CAT.

Na agência, todos estão trabalhando sob forte abalo emocional. Está instalado o pânico, porque todos sabem que podem ser a próxima vítima, uma vez que a quadrilha não consumou o assalto.

A AFBEPA estará se deslocando na próxima semana até Concórdia do Pará, para conversar com os colegas da Agência e, ainda hoje, tentará contato com o bancário diretamente vitimado e a direção do Banpará no sentido de fazer cumprir todos os direitos das vítimas.

 
Evidentemente que os procedimentos de urgência têm que ser garantidos: a imediata abertura da CAT, o devido tratamento médico e psicológico ao funcionário vitimado, à sua família e aos demais colegas da Agência, que também estão impactados, como não poderia ser diferente. A Agência não poderia estar funcionando desde o ocorrido, porque os bancários não têm condições de trabalhar sob o forte abalo, no entanto, como a Agência está funcionando, quaisquer falhas devem ser consideradas, pelo Banco, como repecussão desse impacto.

Outra questão urgente é verificar as condições de segurança do bancário vitimado e sua família, assim como dos colegas que estão atuando na agência e em localidades próximas.

Abaixo, leia o que diz o trecho do ACT que trata da segurança bancária, com os compromissos assumidos e assinados pelo Banpará. Clique na imagem para ler melhor ou clique aqui, para ler na íntegra o ACT 2011/2012:



Atualização às 16h: A Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, esteve pessoalmente acompanhando todo o atendimento feito pelo Sesmt, Nuseg e Sudep, ao funcionário. A AFBEPA defendeu que o colega não tinha condições de prestar depoimento hoje na DRCO, uma vez que ele estava "destruído e desorientado" segundo suas próprias palavras. Kátia Furtado também defendeu a imediata abertura da CAT e o tratamento psicológico e atendimento médico para o bancário e sua família, o que foi garantido. Kátia também pediu que se o bancário desejar, ele deve ser transferido para Belém, para poupá-lo de ter que retornar ao local onde sofreu os danos, e reviver todo o abalo da violência.

Na segunda-feira, o bancário será ouvido na DRCO, com a presença de advogado do Banco, conforme consta no ACT 2011/2012, o que foi ressaltado pela Presidenta da AFBEPA.

Está mantida a viagem da AFBEPA até Concórdia do Pará na próxima semana.

"Essa situação de violência a que os bancários são submetidos se dá por falta do Banco em investir em segurança. O bancário não pode carregar a chave, se responsabilizar e correr o risco pelo patrimônio da empresa. O setor de segurança do Banco precisa ser fortalecido, ter autonomia e independência para agir estrategicamente na prevenção" afirma a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado.




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5 comentários:

Anônimo disse...

Por isso que ninguém da cidade quer ir para o interior.

Anônimo disse...

Emissão do Cat e o acompanhento psicologico são apenas paliativos usados pelo banco para encobrir o real problema: insegurança.
Sou a favor de indenização e rescisão indireta com multa rescisória em dobro em caso como esse. O funcionário não pode continuar trabalhando numa empresa que o obriga a guardar chaves e fechar agência à noite. Tem que indenizar e caso o empregado opte pela rescisao indireta, que o banco pague em dobro a multa rescisória, pois contribuiu para elevar o risco de vida a qual o funcionário foi submetido. Que essa proposta seja a bandeira da campanha salarial 2012!

Anônimo disse...

Que que isso????????????? O banco do Pará, a sua diretoria, precisam agir para resolver esta situação, não dá mais para se aceitar a nossa exposição a esse tipo de coisa.

Anônimo disse...

Isso é um absurdo. Parece que o setor de segurança do Banco desmoronou. O banco precisa durgentemente dar maoir atençao ao setor de segurança. A final é a nossa vida e a vida da nossa familia que esta em risco. O banco precisa URGENTE tirar a chave das maos dos funcionários além de prestar mais segurança. O SETOR DE SEGURANÇA DO BANCO ESTÁ INDO DE MAL A PIOR!

Anônimo disse...

É o que dá colocar pessoas descompromissadas, com total desconhecimento da área, sem a devida noção da realidade de nossa rede de pontos de atendimento, principalmente os do nosso interior.