terça-feira, 4 de outubro de 2011

AFBEPA EM SOLIDARIEDADE À GREVE DA CATEGORIA

Sílvio Kanner,Presidente da AEBA, Senadora Marinor Brito - PSOL, Ígor Téo, Bancário do Basa, 
Kátia Furtado, Presidenta da AFBEPA e Deputado Edmilson Rodrigues - PSOL,
apoio irrestrito e solidariedade às lutas dos trabalhadores.


A AFBEPA esteve presente no ato dos Empregados do Banco da Amazônia representada por sua presidenta Kátia Furtado, que manifestou solidariedade aos colegas que ainda não conseguiram arrancar uma boa negociação com a intransigente direção daquele Banco. Os bancários e bancárias do Banco da Amazônia seguem na greve em busca da resolução de várias pendências e irregularidades, de aumento real de salário, de PCS, de respeito e dignidade, luta essa que nunca terá fim.


Também compareceram a Senadora Marinor Brito, o Deputado Edmilson Rodrigues, o Coordenador do Fórum Estadual de Lutas, Marcos Soares e vários outros dirigentes sindicais e lideranças de outras categorias de trabalhadores.


Unânime, em todas as falas, o reconhecimento do bom acordo arrancado pela poderosa greve dos bancários e bancárias do Banpará. Sílvio Kanner ressaltou que o acordo no Banpará, fechado e aprovado por ampla maioria em assembléia, passou a ser um marco para as negociações a nível local e nacional.


Sobre isso, se posicionaram em seus sites o Sindicato dos Bancários do Maranhão e a AEBA. Leia, abaixo, trechos do texto:


"Após uma semana sem nenhum avanço nas negociações, bancários de todo o país continuam em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (3). Em meio à intransigência e a arrogância do Governo Federal e dos banqueiros – que insistem em não atender as reivindicações da categoria – dois bancos, um Regional e outro Estadual, são a prova de que os grandes bancos federais e privados têm totais condições financeiras para colocar um fim à greve nacional dos bancários, mas, simplesmente, não querem.

Entenda o caso


Depois do Banco Regional de Brasília (BRB) acertar um reajuste de 17,45%, foi a vez do Banco do Estado do Pará (Banpará) apresentar uma proposta aceitável aos seus empregados. Em assembleia realizada, na quinta-feira (29), a categoria entrou em acordo com o banco paraense e encerrou a greve por um reajuste mínimo de 10%, entre outros benefícios. Vale lembrar que o patrão do Banpará é o governo daquele Estado, que é do PSDB, partido visto como o "terror" das negociações salariais dos bancários, no tempo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A atitude diferenciada dessas duas instituições – com menor poder financeiro em relação aos bilionários bancos federais e privados – evidencia uma enorme contradição que remete a seguinte pergunta: se esses dois “peixes pequenos” têm condições de negociar tais índices, por que os “graúdos” silenciam, protelam e só oferecem o reajuste rebaixado de 8%?

A resposta é simples: o que falta é interesse do Governo e dos banqueiros. Eles não querem mesmo é abrir o cofre e colocar um fim à greve nacional dos bancários. Com o movimento ainda em crescimento, já está mais do que comprovado que os patrões manterão as negociações estagnadas. Mas os bancários do Banpará já deram a receita de como pressionar a classe patronal a atender as reivindicações da categoria. A faca e o queijo estão nas mãos dos bancários: o caminho é único, o fortalecimento da greve!

No caso do Banpará – a paralisação contou com a adesão de 95% do funcionalismo e parou as agências do banco por três dias – tempo suficiente para empurrar os patrões para a mesa de negociação e arrancar deles conquistas importantes como um reajuste de 10% sobre as verbas salariais, mais 5% de promoção do Plano de Cargos e Salários em 2012; Anuênio reajustado para R$ 25,00; Reajuste de 20% sobre tíquete alimentação e cesta alimentação, além de um tíquete alimentação extra de R$ 3.200,00, linear a todos os empregados em exercício nas datas de pagamento, sendo R$ 1.200,00 antes do Círio, R$ 1.000,00 em Dezembro/2011 e R$ 1.000,00 em Março/2012, dentre outras conquistas.

Mais uma conquista da Campanha Específica 2011 no Banpará pode ser considerada histórica e servirá de parâmetro para o movimento bancário nacional: a Licença Prêmio de 5 dias para cada ano, sem retroatividade, para gozo; direito este retirado dos trabalhadores de bancos públicos brasileiros desde 1994, no período neoliberal do governo de Fernando Henrique Cardoso.

É por essa insensibilidade do governo e dos banqueiros, que só querem acumular dinheiro e não pensam nos bancários, que a categoria continuará mobilizada em GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO!"



Agora temos que continuar unidos e fortes, porque ainda há a etapa da redação do acordo. O Banco enviará uma minuta às entidades e o texto será construído conjuntamente, sempre respeitando o que foi acordado em mesa e aprovado em assembléia pelos funcionários. A AFBEPA manterá o funcionalismo informado de todos os passos desse processo. 


UNIDOS SOMOS FORTES!






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Um comentário:

Anônimo disse...

Por que sempre o BRB dá reajustes muito acima do que pedem os outros bancos? Qual a diferença deles para os outros??