quarta-feira, 15 de junho de 2011

FRAUDES NA ALEPA - CPI JÁ!!!

Mais uma empresa implicada em licitações suspeitas





A Croc Tapioca não era a única empresa a vencer licitações suspeitas na Assembleia Legislativa do Pará. O Ministério Público Estadual está analisando uma série de contratos firmados de 2005 a 2010 e já constatou pelo menos um caso que precisa de apuração mais detalhada. Uma empresa chamada Torres venceu várias concorrências na AL. O detalhe é que o proprietário da Torres, Charles Torres, era também empregado da Capital, que pertencia a um servidor da Assembleia e também integrante da comissão de licitação.

Charles prestou ontem depoimento ao promotor Nelson Medrado. Admitiu ter vencido pelo menos duas concorrências. Uma para pintura de paredes e outra para reforma de gabinetes, mas disse não ver nenhum problema. “Ele era dono de uma empresa e trabalhava para uma concorrente. É estranho e é suspeito”, disse Medrado, que ao longo dos próximos dias ouvirá outros donos de empresas que prestaram serviços à AL.

Entre os contratos a serem analisados, está o da AL com a Ideal Turismo, que fornecia passagens para a casa. “Vamos analisar o processo licitatório”, explicou o promotor.

Além dos contratos e da folha de pessoal que já são alvo de apuração, o Ministério Público vai se debruçar também sobre os convênios da AL com prefeituras e outros órgãos públicos. A Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pará prometeu entregar hoje aos promotores documentos que podem ajudar nessa apuração.

Em relação à folha de pessoal, o trabalho se concentra na análise dos dados que estão sendo repassados pelo Banco do Estado do Pará (Banpará) e pela própria Mesa Diretora da AL. A Assembleia teve o sigilo bancário quebrado, o que vai permitir comparar os valores pagos com os registrados nos arquivos da casa. Até agora, já foi encontrada uma diferença de R$ 8 milhões entre o que foi pago e o que consta nos registros. Os promotores analisam também ofícios enviados por servidores que recebiam pagamentos em nome de outras pessoas. “Vamos pedir também explicações ao banco. Queremos saber como era possível fazer esses pagamentos”, diz Medrado. (grifos nossos)

Hoje, o Tribunal de Contas do Estado anuncia o resultado de auditoria feita nas contas da AL nos anos de 2009 e 2010. 




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