quarta-feira, 25 de maio de 2011

DEMOCRACIA PARA QUEM? DIRETAS JÁ! QUERO VOTAR!

 

Os trechos abaixo, foram retirados de texto originalmente publicado no site da Contraf/Cut, mas que também foi postado no site do Sindicato dos Bancários do Pará. É uma crítica ao Sindicato dos Bancários do Maranhão que decidiu colocar em voto direto e democrático a decisão da categoria lá, se o Sindicato continua ou não filiado à Contraf/Cut, que é a Confederação que tem o papel de negociar os nossos interesses com os banqueiros a nível nacional, e que concordou, por exemplo, com a redução de percentual de distribuição da nossa Participação nos Lucros e Resultados - PLR, de 15% para 13%, em 2009, com o total apoio do Sindicato dos Bancários do Pará. Só para esclarecimento, a PLR é um direito determinado na nossa Constituição Federal de 1988, que no seu Art. 7º, inciso XI, garante aos trabalhadores essa participação, conforme definido em Lei, ou seja, na nossa Convenção Nacional. 

O problema é que tudo o que estão criticando nos outros, os próprios diretores do Sindicato estão fazendo aqui, onde nós, bancários, estamos tendo até que fazer uma campanha para ter respeitado o direito democrático de eleger, por meio do voto direto, nossos representantes nos Comitês Internos do Banpará.

Já tivemos que realizar assembléia na calçada, em frente ao portão trancado do Sindicato, porque queríamos ter o direito de expressar a nossa opinião sobre o alto custeio do Plano de Saúde UNIMED, e decidir sobre o destino do SALDO REMANESCENTE do PLANO CAFBEP/PAS; já tivemos que agüentar aquelas chamadas assembléias informativas, onde impediram que pudéssemos falar; já assistimos a direção sindical rasgar o Estatuto do Sindicato e protelar, por quatro dias e quatro noites, o início da apuração da eleição; e a categoria, até hoje, não conhece, de fato, o verdadeiro resultado daquele processo eleitoral.



Leia os trechos do texto e avalie você mesmo.
Trechos:

"Numa assembléia altamente antidemocrática no velho estilo pelego, convocada numa quarta-feira (13/04) para ser realizada no sábado (16/4), à tarde..."  Lembram do Encontro do Banpará do ano passado, que decidiu a Minuta de Reivindicações realizado em uma segunda-feira pela manhã, onde poucos bancários participaram? Naquele momento, decidiu-se pela eleição dos nossos representantes nos Comitês de Representação dos Trabalhadores junto ao Banco e eles negaram ao escrever o Acordo Coletivo 2010/2011! Lembram, mais recentemente, as pré-conferências, que aconteceram no último sábado, convocadas pelo Sindicato do Pará apenas na véspera, na sexta-feira, para impedir a ampla participação da maioria?

 
"e as regras do Regulamento Eleitoral do Estatuto da entidade foram observadas e acordadas como referência..." Lembram quando quebraram as regras do Estatuto da entidade e protelaram por quatro dias e quatro noites a apuração, quando o Estatuto manda que apure imediatamente após o término da eleição? "Parece aquela velha estória: "esse jogo só vai terminar quando o meu time ganhar, e eu sou o dono da bola". Quem é o “dono da bola” aqui?

 "Democracia às avessas - "E a principal queixa desse grupamento político é que a CUT e seus sindicatos filiados são antidemocráticos."
"Democracia direta - Todo o processo da Campanha Nacional dos Bancários é construído passo a passo pelos bancários da base.
Desde as consultas, as assembléias para começar e findar as negociações, para a realização das greves, para aprovação dos acordos e convenções coletivas. Em tudo o bancário é convocado para decidir. Democracia direta."
 Aqui, a direção do Sindicato impede e dificulta a participação da categoria. Por exemplo: anulam eleição quando estão perdendo - lembram da primeira eleição do Conselho de Administração, quando o Carlos Antônio foi o candidato? Excluem quem pensa diferente - lembram quando  mais de duzentos bancários do Banpará exigiram, em uma assembléia, o retorno da AFBEPA às mesas de negociação da Campanha Salarial, e a direção do Sindicato, usando apenas do poder da caneta, disse um não à vontade da categoria?


Por isso, acreditamos que DEMOCRACIA não pode ser apenas um discurso quando é conveniente, mas precisa ser uma prática constante, permanentemente confirmada e reforçada. É muito difícil quando uma direção sindical confunde os interesses reais da categoria com seus interesses de grupo partidário. Quem perde são os bancários. 

Continuamos a propor a unidade respeitosa e verdadeira, mas acreditamos que essas práticas, que já se tornaram uma marca dessa atual direção sindical, devem ser revistas e superadas, e desejamos que a categoria possa ter sempre, de fato, o poder legítimo de decidir os rumos de suas lutas para que sejamos mais unidos, mais fortes e mais vitoriosos em nossas conquistas.







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2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bem. A democracia so serve para eles. Neste caso, quem sao os pelegos...Os diretores do sindicato, claro, do Para. Por isso, ferro em cima deles. Vao perder feio no Maranhao.
Marlon George
BASA

Anônimo disse...
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