sábado, 22 de janeiro de 2011

PARA LER E PENSAR: PROF. EMIR SADER - CAPITALISMO E CRISE

Charles Chaplin no filme Tempos Modernos, 1936.
Uma crítica à desumanização no capitalismo.


Em seu o blog, no site Carta Maior, o professor Emir Sader publicou o texto que postamos abaixo. Selecionamos alguns trechos para que te desperte o interesse; se isso acontecer, tomara que aconteça, é só clicar aqui e você será remetido ao blog do professor Emir Sader para ler o texto na íntegra. Desta forma, você poderá compreender a verdadeira razão das injustiças, da violência, das contradições em nossa sociedade. Nada acontece por acaso. Leia, avalie e comente.

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CAPITALISMO: O QUE É ISSO?

As duas referências mais importantes para a compreensão do mundo contemporâneo são o capitalismo e o imperialismo.

A natureza das sociedades contemporâneas é capitalista. Estão assentadas na separação entre o capital e a força de trabalho, com aquela explorando a esta, para a acumulação de capital. Isto é, os trabalhadores dispõem apenas de sua capacidade de trabalho, produzir riqueza, sem os meios para poder materializa-la. Tem assim que se submeter a vender sua força de trabalho aos que possuem esses meios – os capitalistas -, que podem viver explorando o trabalho alheio e enriquecendo-se com essa exploração.

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O capitalista remunera o trabalhador pelo que ele precisa para sobreviver – o mínimo indispensável à sobrevivência -, mas retira da sua força de trabalho o que ele consegue, isto é, conforme sua produtividade, que não está relacionada com o salário pago, que atende àquele critério da reprodução simples da força de trabalho, para que o trabalhador continue em condições de produzir riqueza para o capitalista. Vai se acumulando assim um montante de riquezas não remuneradas pelo capitalista ao trabalhador – que Marx chama de mais valia ou mais valor.

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As crises revelam a essência da irracionalidade do capitalismo: porque há excesso de produção ou falta de consumo, se destroem mercadorias e empregos, se fecham empresas, agudizando os problemas. Até que o mercado “se depura”, derrotando os que competiam em piores condições – tanto empresas, como trabalhadores – e se retoma o ciclo expansivo, mesmo se de um patamar mais baixo, até que se reproduzam as contradições e se chegue a uma nova crise.

(...)

Fonte: Carta Maior / Blog do Emir Sader




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