terça-feira, 17 de agosto de 2010

AFBEPA NO INTERIOR DO ESTADO, VENDO E ESCUTANDO, DE PERTO, OS COLEGAS

Na pessoa de sua presidenta, Kátia Furtado, a AFBEPA se faz presente nos locais de trabalho, tanto na capital, quanto no interior, em visitas às agências, postos de atendimento e matriz.


Na semana passada, dia 12 de agosto, Kátia Furtado esteve em Santa Izabel, Castanhal e Vigia. Nessa semana, Kátia está fazendo uma nova agenda de viagens ao interior, quando, vendo de perto a situação de trabalho dos colegas, a AFBEPA escuta, informa, e busca tirar as dúvidas dos funcionários acerca da minuta da campanha salarial 2010/2011, além de, é claro, convidá-los à participação forte e ativa nessa campanha.


Têm sido muito positiva as visitas. Kátia pôde verificar, in loco, os vários problemas vividos pelos funcionários nas agências, os quais requerem urgente intervenção da administração do banco. Dentre eles, os mais graves são:



AG. VIGIA – DESVIOS DE FUNÇÃO, SOBRECARGA E ADOECIMENTOS PARA OS COLEGAS.

Assim como em Icoaraci, Xinguara e Concórdia do Pará, na agência Vigia também há uma carência na estrutura de pessoal. Faltam três funcionários: um está adoecido, outro está de férias, e um outro passou em concurso público e saiu do banco. Dessa forma, a pessoa que atua no atendimento, tem que atender também no caixa, o que causa um comprometimento da sua concentração e atenção, requisitos fundamentais para atuação no caixa. Outro funcionário, que atua na tesouraria e na coordenação de retaguarda, também tem que atuar no Banpará Comunidade. Essa pessoa tem que abastecer os cashs, atender a retaguarda, suprir os caixas e também, como ví ontém, atender as pessoas do Banpará Comunidade. Estão evidentes aí, claros desvios de função, já que uma mesma pessoa exerce duas, três ou quatro funções recebendo seu salário apenas por uma função. É uma realidade altamente adversa e expropriatória além do limite humano. Resultado: adoecimentos, sem que o salário consiga pagar essas despesas pelos danos que, com certeza, já se apresentam ou estão para vir.

É essencial que o banco atue no sentido de suprir, urgentemente, essas funções na agência Vigia, para que a higidez, do ambiente laboral possa ser resgatada, conforme determina a Constituição Federal de 1988 em seu art. 7º, XXII: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,...: redução de riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança". Tal norma constitucional é absolutamente indisponível, e deve ser cumprida. Vale também observar o que dispõe a NR 15, Insculpida na portaria do MTE, que trata da questão das atividades ou operações insalubres e dos riscos para a vida laboral.



AG. CASTANHAL – FALHAS NA ESTRUTURA AMEAÇAM AS VIDAS DOS COLEGAS.
Na agência Castanhal Kátia Furtado verificou as denúncias dos colegas diante de um caso gravíssimo, que coloca em risco de morte todos que ali trabalham: a agência está com várias rachaduras, e o que está sustentando o seu peso são algumas vigas de madeiras colocadas no subsolo. A situação está tão grave, que no dia 11 de agosto a porta de vidro da frente quebrou, os funcionários acham que foi por causa do peso que força para baixo o concreto e os pilares não estão mais aguentando. O cipeiro da unidade informou que já avisou os setores responsáveis e estão aguardando as providências cabíveis. A AFBEPA tem a certeza de que, rapidamente, estes setores atuarão para evitar algo pior.



MAIS (IN)SEGURANÇA BANCÁRIA - TENTATIVA DE ASSALTO NA AG. CASTANHAL.
Em Castanhal, Kátia Furtado também escutou os relatos apavorados dos colegas sobre uma recente tentativa de assalto no dia 11. A agência estava lotada com a abertura do período de empréstimos consignados aos funcionários públicos. O movimento era intenso e os bancários e bancárias estavam assoberbados. Cerca de sete homens adentraram o interior da agência, e um adentrou a área da retaguarda, levando apenas o malote de cheques e cartões, ainda não liberados pelo sistema de informática. No momento em que os criminosos entraram, felizmente, o tesoureiro não estava na área da tesouraria, o que foi fundamental para que não tivesse ocorrido algo pior.

A questão é que a estrutura física da agência privilegia a falta de visão dos que estão atendendo, e mesmo dos vigilantes, o que facilita esse tipo de ação. O gerente geral da agência já registrou o BO na Delegacia de Polícia, e, os pedidos pertinentes de ajuda, aos setores da Matriz, serão encaminhados, principalmente no que tange à modificação na estrutura física da agência.


A AFBEPA considera que a equipe da GESET tem se esforçado para ajudar a desbaratar essas quadrilhas, realizando um trabalho de inteligência e prevenção altamente importante, e mesmo quando ocorrem os assaltos, além de pesquisarem e auxiliarem as polícias, ainda há o cuidado humano com as pessoas, vítimas da violência perpetrada pelos bandidos.

Avaliamos que é necessário, para essa gerência que atua e desenvolve um trabalho tão importante, melhorar a sua estrutura de pessoal, uma vez que nos assaltos praticados contra o banco e seus funcionários, o setor de segurança, que vem enfrentando todo esse trabalho, ainda conta com poucos gerentes de área, e é preciso um olhar sensível da administração do banco para essa necessidade.

A AFBEPA encaminhará ao banco o relato de tudo o que foi visto e escutado, no sentido de que todas as providências sejam tomadas para corrigir os problemas.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom, Kátia. A situação está ruim mesmo. Um sufoco de tanto trabalho. Quero ver se a gente vai ter algum momento de debater essa situação no seminário que o sindicato está convidando. Será que esse seminário é pra valer mesmo ou é só mais um palanque pra candidato (s)? Tomara que seja sério. Acho que deveriam convidar todos os candidatos, né?