quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

KÁTIA FURTADO, PRESIDENTA DA AFBEPA, PRESENTE NO SUL E SUDESTE DO PARÁ

Ag. Marabá.


Kátia e Diomar, colega de Marabá.


Kátia e Vandilson, em Castanhal.


Ag. Parauapebas.


Colegas de Conceição do Araguaia.


Ag. Redenção.


Ag. Xinguara.


Ag. Xinguara.


Em recente viagem de trabalho ao Sul e Sudeste do Pará, a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado pôde constatar diversas irregularidades que causam sérios prejuízos aos bancários e bancárias, seja no aspecto da saúde do trabalhador como também no próprio desempenho profissional.

As agências visitadas foram Marabá, Eldorado dos Carajás, Parauapebas, Xinguara, Redenção, Conceição do Araguaia e Dom Eliseu.

"Fiquei muito preocupada com a situação de abandono em que trabalham alguns colegas no interior. Acreditei que algumas dificuldades já estavam superadas, mas vi que não é bem assim. Há casos em que os equipamentos de autoatendimento funcionam na base da fita durex.

O mais grave é a sobrecarga desumana de trabalho a que estão expostos alguns colegas por falta de estrutura de pessoal. O desgaste da imagem do banco junto à sociedade local é enorme, e vale ressaltar que os próprios funcionários fazem tudo para zelar pelo banco diante dos clientes.

Há um enorme desgaste físico e emocional dos funcionários, que extrapolam a jornada e despendem um maior esforço diante dos problemas que não são eficazmente resolvidos.

Me chamou a atenção que em Xinguara, o coordenador de tesouraria é o mesmo coordenador de retaguarda: sua saúde fica prejudicada com a dupla responsabilidade e as várias atribuições de duas funções distintas.

A Ag. Marabá, uma agência de grande porte da região sudeste, que coordena vários PABs vinculados como Eldorado dos Carajás, Canaã, Brejo Grande de Araguaia, e outros, é tratada como agência de pequeno porte: a mesma comissão é aplicada indistintamente, causando um compreensível descontentamento geral.
É preciso, além do concurso público para resolver a questão de pessoal, urgentemente reestruturar as unidades de acordo com as necessidades reais de equipamentos e de pessoal em cada local de trabalho." Afirmou Kátia Furtado, Presidenta da AFBEPA.

Não muito longe, aqui em Belém, temos o caso típico da Ag. Senador Lemos, que abre em média 600 contas por mês. Os funcionários trabalham no limite da exaustão. Com o corte dos estagiários a situação ficou ainda mais alarmante. As agências operam convênios, pagamentos e empréstimos que demandam uma grande estrutura de pessoal para dar conta do serviço.

O que há em comum entre o interior e a capital é que o excesso de trabalho, a extrapolação de jornada, o dano à saúde, a falta de equipamentos funcionando a contento, e os comissionamentos sem distinção, incomodam a todos, gerando insatisfação e danos concretos ao funcionalismo.

É necessário que a administração do banco atue em todas as suas unidades para buscar proteger e preservar a vida e a saúde de seus funcionários, assim como sua própria imagem diante dos clientes e mesmo diante do funcionalismo. Para isso é preciso resolver os problemas que já vêm sendo apontados pelo próprios funcionários que, inclusive, sugerem as soluções criativas e acessíveis para todos.


AS SOLUÇÕES CRIATIVAS

"O que me deixou muito feliz e satisfeita, foi ver que em algumas unidades, colegas têm conseguido atuar de forma organizada, olhando com sensibilidade para a resolução possível de problemas no âmbito dos locais de trabalho.

Em Tucuruí e Xinguara, os colegas estão conseguindo um tempo satisfatório para almoçar e negociaram entre eles, sem prejuízo do trabalho, um intervalo de meia hora, uma vez que não conseguem, pelo volume de trabalho, fazer a pausa de dez minutos a cada 50 minutos trabalhados.

Em Marabá as bancárias estão cuidando de sua saúde após o dia estressante de trabalho. Ao fim da jornada seguem, juntas, para a academia para aliviar as tensões da rotina.

Finalmente, vi muita união, muita garra, muita vontade de vencer, de acertar, de superar e ajudar o banco a crescer cada vez mais. Vi um profundo compromisso dos funcionários e funcionárias com o banco, com a defesa do banco, com a imagem do banco. E agora vejo, feliz, que estão acordando para com o compromisso com a própria qualidade de vida. Senti o grande carinho de todos e todas pela nossa Associação. Vi que a nossa luta faz sentido, que protege, realmente, as vidas dos colegas, seus familiares, no presente e no futuro. Vi um sorriso em cada olhar e senti-me muito agradecida por estar podendo fazer minha pequena, mas decisiva parte nesta nossa história de tantas lutas, desilusões, alegrias e superações." Afirmou, emocionada, Kátia Furtado.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Os funcionários tem idéias sim, basta que a direção do Banpará escute e execute. Somos funcionários e amamos o nosso Banpará. Achei bom o trabalho da associação, mas a diretoria do banco já sabe dos nossos problemas, o presidente Afonso já nos visitou, esperamos que alguma coisa fosse feita, mas até agora nada aconteceu.
Vamos ver se isto muda.
bancária esperançosa